Macacos coloridos voavam sobre a multidão. Asas de espuma sacodiam no ar sobre rodas de madeira, cena de uma peça surrealista. O condutor do bando era real. Um encantador de crianças que cumpria seu itinerário pelas praças da cidade. Sua missão era abrandar o choro, serenar a birra, retomar o silêncio e fazer nascer alguns sorrisos. Era um devolvedor de paz. Meus olhos o perseguiam desde a infância, só os motivos mudaram. Na noite em que ele permitiu a fotografia, já preparada para me despedir, perguntei seu nome. “Meu nome é Cordeiro de Deus.” Era, afinal, um enviado do céu.
top of page
Posts recentes
Ver tudobottom of page
Comments